Live at the Rain Forest

the old days

  the album

first words

the songs


WAIT!

Just a little note. This is the OLD Hora do Rush's page. We did it to release the special edition album. A limited (and sold out) version of the show, including some covers mentioned below. This is our Portuguese version, but you can use some translate tool to read it.
Don't forget to read the new page about the new album. Just click
here.
 

'Hora do Rush' logo por Luiz Neves

Hora do Rush
Jazz Fusion & Rock

Hora Do Rush ao vivo

Beto Frega
piano elétrico e sintetizador

Alex
violão

Júlio
bateria

Paulo
baixo

(Bar "Let It Be" - Copacabana - RJ -1984)

 

Nos bares onde se tocava rock: "Vocês são muito jazzísticos!".
Nos bares onde se tocava jazz: "Vocês são muito rockeiros!"
Era assim que os outros definiam o HORA DO RUSH.

"Da nossa parte, apenas queríamos tocar o que gostávamos, do jeito que sabíamos, fosse MY JELLY ROLL SOUL do Charles Mingus ou ON BROADWAY do George Benson, não importava o estilo, porque acábavamos transformando tudo para o nosso jeito, com arranjos próprios. Essa era nossa maior característica. Cada um tinha sua própria personalidade e influência dentro do grupo. Todos davam palpites nos arranjos e nas composições, próprias ou não. Mas não era fácil ser uma banda instrumental, principalmente nos anos 80."

Live at Rain Forest

Capa do LIVE AT RAIN FOREST

Tudo isso você pode conferir no CDR lançado pela Brancaleone Records em tiragem limitadíssima, com a gravação ao vivo feita por Filipe Cavalieri, de um dos shows no bar Existe Um Lugar, na Estrada de Furnas, Alto da Boavista - Rio de Janeiro - dentro do coração da Mata Atlântica.
O CD traz nossas versões para On Broadway e Demagomania (Jean Luc Ponty), além dos "sucessos" próprios como Hora do Rush, Martini Sêco, Rosane, Obssessivo e muitos outros.
Há uma faixa extra, que é a música Hora Do Rush, arranjada e executada por Beto (tudo) com Alex nos violões. Com um computador, Beto extraiu de uma velha fita de ensaio, um solo de Júlio e o incluiu neste arranjo.
Todo esse trabalho, é um tributo ao grande músico, adorável figura humana, amado e saudoso amigo Júlio Gamarra.

Um pouco da história

1
Beto Frega - teclados

Podemos começar em 1979, quando na Faculdade de Arquitetura Bennett, no Rio de Janeiro, dois grupos fundiram-se: CIDADE NOVA e FANTASIA. Do primeiro vieram Eduardo Lissovsky (bateria e voz) e Zulu (baixo) e do segundo: Eliane Lavigne (voz), Alex Saba (violão e voz) e Ronaldo Güttler (piano e violão). O resultado foi o ÁGUA FURTADA, que cantava um repertório próprio e sucessos "desconhecidos" da MPB. Pouco depois entrou Beto Frega (piano), também do CN e em seguida saiu Ronaldo, ficando assim estabelecida a formação final.

2

Em 1980, para o Festival de Música da Faculdade Santa Úrsula, eles inscreveram cinco músicas. Duas cantadas, de autoria de Eliane e três instrumentais, compostas por Beto, Alex e Eduardo. Enquanto aguardavam que o amigo, compositor e arranjador Ronnie Lins trouxesse os arranjos para as músicas de Eliane, ensaiaram as instrumentais. Eliane aos poucos afastou-se dos ensaios e desligou-se do grupo, passando a cantar com a banda CONTRATAQUE, integrada dentre outros por Ronnie, Ricardo Calafate, Luizinho Sobral, Luiz Salomé, Feijão. Assim, Beto, Alex, Eduardo e Zulu, resolveram chamar uma "voz" diferente para reforçar o grupo nessa apresentação, o saxofonista João "Dexter" Gomes. Pra encurtar, a apresentação foi um sucesso. O grupo foi chamado ao palco para fazer o show do intervalo, onde mostraram parte do seu repertório jazzístico. Ganharam com as músicas Hora do Rush (primeiro lugar e melhor arranjo) e Martini Sêco (em segundo)

3
Alex Saba - violão & efeitos

Mas como diria Bela Bartok: "Competição é coisa para cavalos!". De nada adiantou tanta premiação. Eles precisavam tocar e foi isso o que fizeram. Infelizmente não podiam contar sempre com a grande figura de João "Dexter" Gomes, mas os quatro foram em frente, até que Eduardo Lissovsky saiu para integrar o quinteto vocal Tinta Fresca. Em seu lugar entrou Reginaldo. Pouco depois foi a vez de Zulu, que saiu para formar com Eduardo o famoso Dr.Sylvana. O HORA DO RUSH deu uma pausa. Ficou "hibernando".

4

Em 1982, Alex procurou Beto e depois de muita conversa e incontáveis chopps no Bar Jangadeiro em Ipanema, resolveram retomar o grupo. Chamaram o amigo Júlio Gamarra, excelente baterista e músico bastante requisitado por nomes como Marcus Resende e Kid Abelha. Depois chamaram Paulo Bergo, para o baixo, que conheram tocando em uma banda de blues e funk. Os quatro consolidaram o Hora Do Rush.

5
Paulo Bergo - baixo & efeitos

Com essa formação o HORA DO RUSH apresentou-se em praticamente todos os bares com música ao vivo do Rio, sendo que jamais se renderam a fazer "música de fundo", tocando com energia, ou seja, volume alto e valendo-se do carisma e do talento inigualável de Júlio. Beto era o maestro, o mais jazzista dos quatro, revezava-se entre o piano elétrico e o sintetizador Pro-One (uma novidade para a época). Alex, talvez o mais "fusion" e co-autor com Beto da maioria das músicas do grupo, usava os mais diversos pedais de efeito no violão Ovation, transformando seu som em uma guitarra se fosse necessário. Paulo era o "funkeiro" (no melhor sentido americano da palavra) e "bluseiro", responsável por fazer as coisas balançarem e as pessoas dançarem. Júlio era o elemento catalizador dessa verdadeira usina. E assim seguiram tocando.

6

Mas como nem tudo são flores. Beto precisou mudar-se para Curitiba em 1984, por problemas familiares (casou!) e não pode sequer gravar as aparições que fizeram na TV. Quando não pôde mesmo dedicar-se ao grupo, entrou em seu lugar Luth Dewet, que fez alguns shows saindo pouco depois. Vieram então Jansen Penna (piano) e Luiz Salomé (bateria) no lugar de Júlio, pois os compromissos com o Kid Abelha, não permitiam mais que tocasse com o grupo. Nunca chegaram a se apresentar com essa formação. Quando Paulo mudou-se para Maceió, Alex achou por bem encerrar as atividades. Não havia sentido em tocar sem a química especial que acontecia entre os quatro.

7
Julio Gamarra - bateria & percussão

A nota triste veio em 1992, quando Júlio Gamarra fez sua passagem, cruzou o rio em um acidente de carro na estrada de Bacaxá no estado do Rio de Janeiro. Acima de tudo perdeu-se, não só o grande amigo, mas um grande coração que, não sem motivo, era amado por todos. Seja lá onde ele estiver, tudo o que está sendo feito é para preservar a memória desse músico fabuloso.
VALEU JÚLIO!!!

 

© 1999-2018 Alex Saba
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